SUSPIRO


SUSPIRO

Eu sentia como se os meus pulmões fossem explodir; um grosso e forte nó no pescoço me mantinha separado e longe do chão. Por mais que eu me debatesse, não conseguia me soltar. Já não aguentava mais; a dor era insuportável, mas não apenas física. Uma forte dor no peito consumia a minha alma ao ver aqueles que me apoiavam felizes com o meu sofrimento. Garanto para você que não existe frustração maior do que observar a garota que você ama chorando sem saber a verdade. A última imagem que me recordo é do canalha do meu irmão sorrindo para mim enquanto abraçava a minha amada. Maldito! E foi nesse momento, em uma leve brisa, que ele veio, parou ao meu lado e como um amigo tocou meu ombro, sussurrando em meu ouvido nada mais do que conforto. Assim, dei meu último suspiro, que levou consigo a dor da angústia que me consumia. Naquele momento, todo aquele peso desapareceu, e nada daquilo importava mais.

Por mudo.


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