O PALHAÇO: Uma Kombi e quatro garotas - 3 PARTE

O PALHAÇO: UMA KOMBI PARA CINCO PRINCESAS - 3 PARTE

Um choro suave me desperta. Uma dor pulsante na cabeça serve como um lembrete cruel do encontro com o homem estranho que me agarrou na rua e bateu meu rosto contra o muro. Lentamente, abro os olhos, mas o mundo ao meu redor permanece embaçado.

ANA
Ei, garota... Não grita, entendeu?! Não grita!

BIA
Tá, tá. Já entendi. Não vou gritar, droga! Onde estamos?

ANA
O lugar? Não faço ideia... mas passamos por São Mateus e pelo Iguatemi.

BIA
Minha cabeça ainda dói - digo isso após recuperar minha visão definitivamente. 

A RUA QUE NÃO EXISTIA

A RUA QUE NÃO EXISTIA


Isso aconteceu comigo e gostaria de dividir com vocês.

Alguns anos atrás, quando comecei a cursar a faculdade, saí para fazer minha primeira visita a uma exposição de artes. Fui me guiando por um pequeno mapa no celular, mapa esse que talvez tenha se tornado o "Google Maps" de hoje. Ao sair do metrô, passei por uma praça que dava acesso a uma avenida com diversas ruas, cheias de lojas e todas bem movimentadas. Ainda seguindo o mapa, depois de uma ou duas viradas, acabei entrando em uma rua que mais parecia uma viela, por ser longa, estreita e quase não haver portas ou janelas. Ali transitavam poucas pessoas, que caminhavam bem lentamente.

O RAPTOR DE CRIANÇAS DE OLHOS ESCUROS

 


O RAPTOR DE CRIANÇAS DE OLHOS ESCUROS

Essa lenda relacionada ao raptor de crianças de olhos escuros foi transmitida pelos séculos. Sua origem é desconhecida, e sua história descreve um demônio capaz de mudar de forma. O jeito mais fácil de reconhecê-lo é olhando para seus olhos escuros e seus pés, que por algum motivo não encostam no chão, apesar de ficarem bem próximos.

O demônio procura roubar crianças, mas não qualquer criança, apenas aquelas negligenciadas pelos seus responsáveis. Muda sua forma física, para de alguém confiável, se aproxima da criança e a leva sem nenhum problema.

CARLA - NOITE CAI


CARLA - NOITE CAI

Era outra típica noite ociosa ao seu lado, abraçados enquanto assistíamos "Amor além da vida" com aquele ator que ela sempre comentava, Robin alguma coisa. Ela adorava filmes, já eu nunca gostei de perder meu tempo na frente da televisão por mais de meia hora, a não ser que estivesse com ela. Aí valia a pena, porque ao seu lado, todo o tempo era bem aproveitado. Eu olhava mais para ela do que para o filme, mas como não olhar para aquela mulher?

Dei um leve beijo em sua nuca, e ela se levantou com aquele olhar, um olhar de baixo para cima, como se estivesse me reprovando por algo.


CARLA
Já vai começar, né?


Depois de alguns segundos, ela sorriu. Aquilo era justamente uma das coisas que eu mais gostava, um sorriso malicioso que dizia mais do que qualquer toque. Aquele sorriso transmitia uma única coisa reciprocidade.


EDSON
Volta aqui, amor.


CARLA
Já volto, vou só pegar uma água e volto para terminarmos o filme.


Ela sorriu novamente e se virou. Até seu caminhar me deixava apaixonado, e depois daquele instante, nunca mais pude admirar tais momentos. Escutei um barulho de copo caindo no chão, perguntei diversas vezes se estava tudo bem, me levantei, andei até a cozinha e me deparei com uma cena que até hoje não consegui esquecer.